30 julho, 2004

Ideias soltas

Começo a sentir-me pressionada...
Ultimamente tenho sido abordada directa ou indirectamente com a emblemática questão "mas e então quando é que arranjas um namorado?", que é uma réplica da eterna "mas e então quando é que te casas?" que persegue as trintonas solteiras.
A verdade é que não tenho resposta, e perante tamanha insistência no ideal de que um amor é cura para todos os males e condição necessária para uma vida feliz, começo a responder com alguma impaciência...
Não é que ficar para tia e viver sozinha com os gatos faça parte dos meus planos, mas custa-me compreender certas ideias à fairy tales, que nos dão um estatuto de seres incompletos, passivos, sempre à espera que sejam os outros a completar-nos, a trazer-nos a alegria desejada.
A mim parece-me que alguém que pense que o bem estar será garantido por outra pessoa está condenada a muitas desilusões. Principalmente porque perante tão altas expectativas até a perfeição os deixaria insatisfeitos...
Não seria melhor habituarem-se primeiro a serem felizes sozinhos? Afinal a única companhia que temos como certa até ao fim da vida somos nós proprios. É bom que andemos de boas relações...

1 comentário:

Anónimo disse...

subscrevo completamente a ideia de este post. é bom aprender a ser um bom tio porque poderá acontecer não chegar a ser pai. aliás ser um bom pai implica estar disposto a não chegar a sê-lo. o amor pelos nossos filhos começa exactamente na natureza do nosso amor por outra pessoa, se é livre ou refém de uma ideia/idealismo de vida.
obrigado bjs

 
Submit Your Blog googleec3cc79350420679.html